Era madrugada, noite fria, escura...
A visão ainda era turva, em meio às lágrimas que ainda teimavam a correr pelos olhos tristes ele mais uma vez voltava à realidade...
Nesses últimos meses ele havia mudado tanto. Não mais sorria, chorava pelos cantos ou à sua mesa de trabalho enquanto a sua sala estava vazia...
Todos estavam à sua volta, alguns pareciam sentir que algo estava diferente outros achavam que era mais um de seus “charmes”... no entanto.. dentro de si a tempestade estava à todo vapor. Tempos atrás, ele (poeta), tinha uma outra dimensão do que era o “Amor”, no entanto, a vida pôs toda sua “crença” à prova...
Nesses dias revoltos preenchido de uma solidão aterradora ele perdeu a fé naquilo que era sua força motora...
Havia amado por tantas vezes e sofrido tantas outras... mas dessa vez não, dessa vez ele não entendia porque essa “perda” doía tanto dentro do peito.
Por tantas vezes ele “desacreditou” bem mais do que podia... por tantas outras a – vida – lhe deu outra “chance”.
Até então, entre lágrimas e delírios doentios, ele olhava tudo por um único prisma... assim foi passando o tempo... o sufoco e a dor só aumentavam e o que era tormento começou a lhe tirar a sanidade...
Não... não era sonho... era pesadelo em vida real, a dor insistente diante da impotência dos fatos, nada mais estava ao seu comando, lágrimas, pensamentos, dor, devaneios, dor... dor... dor...
O “eco angustiante” não cessava, parecia que o universo havia conspirado a favor da loucura!! Todos os caminhos o levam ao fundo do poço...
Nenhum fator externo mais lhe era positivo, se sentia sufocado, angustiado preso ao próprio corpo comandando pela loucura mais negativa dos sentimentos. Nada mais lhe dava prazer.
Até então ele via poesia nos bons e maus momentos... agora as linhas ficavam rabiscadas, em teu caderno rabiscos sombrios, na tua mente, idéias deturbadas. Porém uma guinada lhe trouxe de volta à realidade... então ele entendeu que havia se perdido... sua fé se perderá pelo fato de não aceitar que amores vêm e vão... e pro poeta o que fica é a essência do sentir.. e não o toque de quem se ama...
Abraçando o travesseiro uma última lágrima cai...poderia não ser o fim do “inferno” mas era o rumo do caminho de volta...
Então o poeta adormeceu com a certeza que tudo ainda vale à pena.. mesmo que as pessoas, com seus atos, tentem fazer parecer o contrário...
Talvez ele volte a sonhar...
sábado, 30 de maio de 2009
“...O poeta não morreu... foi ao inferno e voltou...”
Alex Sandro 30/05/2009 22:34hrs
Postado por
Alex Sandro
às
18:57
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Um comentário:
Espero de coração que apartir de agora vc ja possa e se sinta novamente capaz de sonha...
Bjos
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